Quando se trata do mundo dos negócios, independente do setor, é preciso estar sempre atento às tendências de comportamento e consumo, e se adaptar às demandas do público. Não é novidade para ninguém que a pandemia do COVID-19 acelerou uma série de mudanças em diversos segmentos, e com isso, aderir a certas novidades do mercado deixou de ser um diferencial, se tornando um ponto básico para que muitos negócios sobrevivessem ao período de crise que estava por vir. E quando olhamos para o panorama do setor alimentício no Brasil, esse impacto não é diferente.

Na realidade, pode-se dizer que essa foi uma das áreas que mais precisou se reinventar desde que se entendeu que estávamos vivendo um momento pandêmico. Afinal, como garantir algo básico para a nossa sobrevivência – a alimentação – de forma segura num momento em que um vírus do qual não tínhamos muitas informações circulava por todo o mundo, exigindo medidas de higiene rigorosas e distanciamento social como forma de prevenção à doença?

Dois anos após nossas vidas terem sido completamente transformadas por esse acontecimento, hoje podemos dizer que vivemos um momento mais seguro, em que uma grande parcela da população já está vacinada e as atividades sociais e mercadológicas voltam a ser parte da nossa rotina. Com isso, tem sido mais fácil olhar para o que está por vir e entender quais são as ações que devem ser adotadas no presente para que o seu negócio se mantenha cada vez mais firme e em ascensão.

Foi pensando nisso que analisamos o panorama do setor alimentício no Brasil para que você saiba o que pode esperar do mercado no segundo semestre de 2022. Continue lendo esse texto para conferir!

Foco em alimentação natural

Em 2020, dados de pesquisa realizada pela Euromonitor Internacional já apontavam que o interesse pela alimentação saudável vinha crescendo no Brasil, tendo movimentado R$ 100 bilhões. Além disso, segundo a mesma empresa, o país ocupa o quarto lugar no ranking mundial quando de consumo de alimentos saudáveis, com crescimento do segmento de  12,3% ao ano.

Assim como muitas outras, essa foi uma mudança impulsionada pela pandemia do COVID-19. Mais do que nunca, o brasileiro se viu preocupado com a sua saúde e com o que consome, o que aumentou o seu interesse pela origem dos alimentos, bem como suas propriedades e funções. Basicamente, a questão formada foi: como a comida impacta em nossa saúde e bem-estar, contribuindo para aumentar a imunidade ou evitar disfunções fisiológicas?

Somado a isso, nos últimos anos vem crescendo o acesso à informação sobre restrições alimentares, como a intolerância ao glúten e à lactose, por exemplo. Com isso, surgiu no mercado uma oportunidade de contemplar um público que precisa consumir alimentos que não contenham determinados ingredientes, já que seu organismo possui certas limitações para digeri-los.

Opções vegetarianas e veganas

Se por um lado, algumas pessoas não podem consumir certos componentes alimentares, como citado acima, por outro, muitas escolhem eliminar alguns produtos de sua dieta. É o caso dos vegetarianos (pessoas que não consomem nenhum tipo de carne, branca ou vermelha) e dos veganos (pessoas que, além de não consumirem carne, não ingerem nenhum alimento de origem animal, como laticínios, ovos, mel…).

Com isso, a alimentação a base de plantas também tem ganhado destaque. De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira, cerca de 18% da população se considera vegetariana no país e esse número só cresce. Por isso, existe uma parcela do público consumidor em busca de opções de alimentação sem carne, diversificada, que supra suas necessidades fisiológicas e, claro, seja saborosa.

Ética e sustentabilidade

O tópico anterior está ligado a uma série de fatores, dentre eles, à atenção cada vez maior do público aos valores éticos e sustentáveis das empresas e marcas que consomem. Isso leva em consideração uma série de fatores, como por exemplo:

  • As condições em que os produtos são produzidos
  • As causas socioambientais que as empresas apoiam (ou não)
  • O impacto que o seu processo produtivo oferece ao meio ambiente
  • O cuidado que as instituições oferecem aos seus funcionários, dentre várias outras.

Com isso, mais pessoas têm se preocupado não apenas à origem dos alimentos que consomem, mas também à quantidade de lixo que sua produção gera, aos materiais dos quais são feitas as suas embalagens, ao incentivo à economia circular (que busca reduzir o desperdício), ao incentivo do trabalho de pequenos produtores e, por fim, à comunicação e ações que cada instituição realiza.

Atenção aos preços

Embora seja possível identificar uma série de oportunidades que têm surgido no setor alimentício nos últimos tempos, um obstáculo também se formou devido, principalmente, à crise econômica que o Brasil tem enfrentado nos últimos tempos.

Somente em março de 2022, o preço dos alimentos subiu cerca de 3%, representando a maior alta no período desde 1994. Essa alta se dá devido a uma série de fatores, mas o principal é a alta na inflação vivida pelo país, que tem reduzido muito o valor de compra do brasileiro. A previsão é de que, ao longo do ano, a inflação gire em torno de 8% como um todo, mas o percentual aumenta quando se leva em conta somente o setor de alimentos, podendo chegar a mais de 15%.

Sendo assim, é importante buscar um equilíbrio entre como repassar essa alta ao valor final para o consumidor de seu estabelecimento, para que o seu negócio não tenha prejuízo, mas também não ofereça uma taxa de preços que oscila com frequência, podendo afastar o seu público.

Digitalização de atendimento e gestão

Os serviços de delivery e take away (retirada de pedidos no estabelecimento) cresceram 149% desde o início da pandemia. Isso se explica, principalmente, pela questão de segurança sanitária, uma vez que o distanciamento social foi uma das principais medidas adotadas para a prevenção de contaminação por COVID-19.

Mas esse não é o único motivo. Conforto e praticidade também são responsáveis por esse aumento. O consumidor se habituou à possibilidade de realizar suas compras no conforto de sua casa, na hora que for mais conveniente para sua rotina, sem precisar se deslocar sempre que deseja consumir algo. Por isso, opções de delivery e outras formas de digitalização do delivery deixaram de ser um diferencial, se tornando algo básico para reter clientes.

E uma vez que o consumidor espera mais agilidade no atendimento, é preciso investir em medidas que aumentem também a eficácia da gestão, de forma que ela acompanhe esse ritmo mais acelerado, garantindo que nenhuma etapa do processo tenha a sua qualidade afetada.

Investir em ferramentas de automação para o seu estabelecimento passa a ser algo primordial para que você não se sobrecarregue, nem à sua equipe, e tenha mais organização na realização das tarefas diárias necessárias para que o seu negócio se sustente. Essa é uma medida que, certamente, reduzirá a chance de erros em sua empresa e evitará que você perca tempo e dinheiro.

Esperamos que esse panorama do setor alimentício no Brasil te ajude a tomar as melhores decisões para o seu negócio nos próximos meses. Para conferir mais materiais que podem te ajudar com isso, visite o nosso blog!

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